Sala de aula invertida

      A metodologia sala de aula invertida foi considerada a principal inovação educacional do início do século XXI, que tem como objetivo tornar o processo de aprendizagem mais ativo, inclusivo, dinâmico e personalizado. Nesta abordagem, os alunos estudam o conteúdo teórico antes da aula, por meio de recursos físicos (livros, revistas, etc.) ou digitais ( vídeos, textos, podcasts, etc.) e utilizam o tempo em sala para realizar atividades práticas, debater ideias, tirar dúvidas, resolver problemas e desenvolver habilidades. O professor, por sua vez, atua como um orientador do aprendizado e não um transmissor de conteúdo.

    Esta metodologia foi criada pelos professores de química Aaron Sams e Jon Bergmann em 2007 em uma escola do Colorado (EUA), a partir de um descontentamento com o desinteresse e a desmotivação de seus alunos. Eles começaram então a buscar formas criativas para aumentar o engajamento e a participação de seus estudantes. Através da produção de vídeos curtos os professores passaram a entregar o conteúdo antes da aula, enquanto o tempo de aula foi destinado à experimentação, simulações, debates, projeções, etc. Isto tornou as aulas mais envolventes e participativas, despertando a curiosidade e o interesse de seus estudantes. Os professores também perceberam que houve um desenvolvimento da autonomia e do senso de responsabilidade nos alunos, que se transformaram em estudantes. Por fim, eles perceberam um aumento do tempo do professor com os seus estudantes, estreitando e amadurecendo as relações interpessoais e afetivas. 

As principais características da sala de aula invertida são:

• O uso de recursos físicos e digitais para a transmissão do conteúdo teórico, que podem ser produzidos pelo próprio professor ou aproveitados de fontes confiáveis, como, por exemplo, a Khan Academy, o YouTube Edu, o TED-Ed, entre outras.

• A flexibilização do ritmo de aprendizagem, permitindo que os alunos estudem no seu próprio tempo, de acordo com as suas necessidades e preferências, podendo revisar, avançar ou aprofundar o conteúdo conforme o seu interesse.

• A valorização do tempo em sala, dedicando-o a atividades que promovam a aplicação, a análise, a síntese e a avaliação do conhecimento, através de resolução de problemas, projetos, debates, jogos, simulações, experimentos, etc.

• A mudança do papel do professor, que deixa de ser o centro da aula e passa a ser um mediador e um mentor do aprendizado, estimulando a participação, a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico dos estudantes.

• A mudança do papel do aluno, que deixa de ser um receptor passivo da informação e passa a ser um agente ativo do seu próprio aprendizado, assumindo mais responsabilidade, autonomia e protagonismo.

Considerações finais:

   A Sala de aula invertida não requer salas especiais, mas intencionalidade pedagógica. Para colocá-la em prática é preciso planejar cuidadosamente todas as etapas do processo, levando em conta os objetivos de aprendizagem, o perfil dos alunos, os recursos disponíveis e as estratégias de avaliação. A aplicação desta metodologia é desafiadora, porém é capaz de transformar o ensino tradicional e aumentar a aprendizagem dos alunos. Para saber mais sobre essa abordagem adquira o nosso e-book e torne-se um professor inspirador.